A vida profissional e as demandas da Alma
- Fernanda Priminini
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jun.

Vivemos em um mundo onde as pressões externas frequentemente nos empurram para a busca incessante pelo sucesso e pela produtividade. A carreira profissional, muitas vezes, se torna um reflexo de nossas escolhas, nossos valores e, também, de nossas inseguranças. No entanto, o que acontece quando o peso dessa jornada começa a afetar nossa vida?
No mundo corporativo, somos frequentemente desafiados a nos ajustar, a buscar a perfeição, a alinhar nossas ações com as expectativas externas, enquanto nossas emoções e necessidades internas ficam à margem. A pressão constante pode gerar um desconforto profundo, uma sensação de vazio que, se não acolhida, pode se transformar em ansiedade, burnout e crise existencial.
A verdadeira saúde mental não está apenas na ausência de distúrbios ou sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é "um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, trabalhar produtivamente e fazer uma contribuição para sua comunidade." Ou seja, saúde mental é muito mais do que a ausência de doenças — é a capacidade de se equilibrar internamente, de viver de forma plena e de estar em harmonia com a própria essência.
A carreira, longe de ser apenas uma fonte de desafios externos, pode ser uma extensão dessa busca interna, refletindo nossos valores mais profundos. Quando entendemos que o trabalho não é apenas uma forma de alcançar metas, mas uma oportunidade para expressar quem somos, podemos encontrar mais significado e equilíbrio em nossas atividades diária, e para mim, sem dúvida, o autoconhecimento é a chave para a verdadeira transformação.
Como Jung tão sabiamente nos ensinou, a integração da sombra e o alinhamento com o Self (ou Si-Mesmo) são essenciais para alcançar uma vida mais plena. Em nossa jornada profissional, isso significa abraçar nossas vulnerabilidades, respeitar nossos limites e, acima de tudo, entender que a carreira não é um fim, mas um meio. Ela é uma oportunidade para manifestar nossas paixões, nossas habilidades e nossas aspirações mais profundas, sem perder de vista a saúde e o bem-estar emocional.
A reconexão com o próprio ser é um processo contínuo, muitas vezes marcado por pequenas, mas poderosas escolhas diárias. Seja através da psicoterapia, da meditação, do trabalho com cristais ou de práticas que favorecem a harmonização interna, o que realmente importa é que possamos encontrar um caminho de cura, equilíbrio e autenticidade.
Quando aprendemos a integrar nossas demandas externas com nossas necessidades internas, começamos a viver de forma mais plena e significativa, em harmonia com nossa própria alma.
Com amor,
Fernanda Priminini
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